quarta-feira, 30 de abril de 2014

Será!

Você… Faz o Domingo ser um dia menos chato assim como todos os outros. Me faz procurar nas ruas um sorriso parecido com o seu só pra ter certeza de que eu estava certa em acreditar que não há nenhum outro igual, nem um mais bonito. Você, rouba minha capacidade de dizer “não” e sim, é a única que tem o poder de me fazer sentir especial quando o mundo inteiro parece não dar a mínima. Parece que com você tudo é possível, que somos tão livres... Você, que eu gostaria de ter em meus braços todas as noites assim como todas as tardes e manhãs. Você que não tem CD gravado, nem filme na tv, mas me tem como sua maior fã. Nunca duvide quando eu disser que faria tudo de novo, que me arriscaria de novo e te daria de novo todo o meu amor, só que talvez, dessa vez em dobro. É isso, só isso. Tudo isso.  Agora fica comigo e me dá o presente de te ter no meu futuro, porque sinceramente, depois que te conheci percebi que o que é de verdade, por mais fora de alcance que esteja, vai sempre encontrar uma brecha no destino quase sempre torto pra voltar, e durar, e depois de tudo que passamos já não é pretenção nenhuma dizer, eternizar.
Se não for hoje, será amanhã ou depois, porque acredite baby, mesmo se não for pra ser: será!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Primeira Segunda-feira da minha nova velha vida.

Eu odeio saber que você beija outras bocas que não seja a minha, que outras mãos que não as minhas passeiam pelo teu corpo. Odeio o fato de você me amar e não poder ser minha porque eu te amo e sou tua. Odeio não ser o motivo do teu riso frouxo, dos teus sonhos, das tuas alegrias. Odeio não ser em quem você pensa durante o dia e em quem você sonha durante a noite. Odeio não poder caminha do teu lado. Odeio tudo ter sido tão rápido, já que com você a eternidade me parecia tão pouco e agora, longe de você, todo instante parece que não acaba nunca. Odeio tudo estar tão difícil sem sua mão aqui pra segurar na minha, sem você pra me dizer que tudo irá passar. Odeio continuar sonhando um futuro pra nós sem saber se existirá um nós no futuro. Eu odeio não poder dizer pra quem quiser ouvir que você é minha se é assim que eu te sinto. E acima de tudo, odeio não poder te odiar nenhum pouco por isso.
E assim eu vou seguindo, odiando tudo por ter todo o amor do mundo por ti dentro de mim.
Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas, vai ver, eles estão meio certos...

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Sobre o inferno dos dias sem você.

Os dias tem sido um inferno sem você. Incrível como a vida é algo tão frágil que pode mudar do dia pra noite. Na minha, aconteceu um eclipse solar onde meu sol virou apenas breu. Escuridão total.
E você? Como tem sido os teus dias aí do outro lado da cidade? Eu sei, você deve estar fazendo um bocado de coisa errada por se sentir culpada.
Meu lado vilão voltou também. Eu tenho bebido mais e fumado mais. Já não me preocupo em esconder nos traços do meu rosto o quão acabada estou. As pessoas tem notado. E comentado. Nas aulas, no trabalho, em casa. Eu não ligo, sinceramente. Eu quero que o mundo se dane. Você deu um tempo de mim e eu dei um tempo do mundo. Virei alguém sem memória cujas as únicas lembranças que existem tem o teu nome, o teu cheiro, o teu corpo que adorava se encaixar no meu, o teu olhar de cigana e teu sorriso caloroso. De resto, eu já não me importo com nada. Mesmo. Faço o que tenho que fazer mas não chego nem perto de dar o meu melhor, e não ligo se eu não tiver mais que fazê-los por isso. Pra mim seria até bom. A vida voltou a ser só vazio. A vida e eu também.
Virei um caos de vazio ambulante, cujo as únicas companhias que deseja é uma garrafa de bebida em uma mão e um maço de cigarro na outra. A música tem me acompanhado também, mas todas, me lembram você assim como todo o resto do mundo. Em qualquer lugar que eu vá, em tudo o que vejo. Você nunca me abandona. Seria lindo se não fosse terrivelmente triste.
Eu já estou vendo essas letras que eu escrevo dobradas. Até elas estão em pares. E só eu me encontro assim tão só. Tão sem você...
Eu aceitei a escolha que fiz de te amar e continuo me orgulhado disso. Foi a melhor escolha que fiz em tempos. E enquanto bebo mais essa dose, procuro entender como pode ser mais fácil aceitar a escolha que você fez de perder o rumo ao invés de me amar. Mas não te julgo, ao invés disso, eu jogo uma flor aos teus pés. Aquela tua flor preferida para que você continue sendo uma menina com uma flor na mão e que depois de fugir todos os dias das sujeiras em que você se meter tentado provar pra si mesma que não merece nenhum amor, você possa lembrar de mim com amor e sorrir.
O tempo pode passar, mas você vai ser sempre minha flor, meu bebê, a menina que me ensinou quase tudo o que eu sei e o que eu sei meu bem, é só te amar.
Eu aceito a escolha que eu fiz. É hora de você aceitar também, porque eu não posso, não sei e não quero mais, viver longe de você.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Minha Nova Velha Casa.

Fica o completo vazio após o tchau e o botão do piloto automático se liga outra vez. Você fica estático sem saber o que pensar ou dizer. Se desliga do mundo e fica no mudo. De volta a escuridão.
Você faz o que tem que fazer, leva a vida medíocre que tem que levar e já não lhe interessa mudar essa situação. Seus dias correm como correnteza preparando a enchente que vai te levar para o fundo do poço. De novo. E você nem liga, já que é apenas lá onde encontrará algum tipo de conforto.
O mundo te vira às costas e você vai embora sem olhar pra trás. Coloca uma mochila nas costas e segue teu rumo. Teu rumo que é perdido por aí em todo lugar e em lugar nenhum. Você volta a ser o velho alguém qualquer sendo um qualquer. E você não liga. Não importa passado, presente ou futuro, só o corte em teu peito que vai te sugando os dias como um vampiro que suga o sangue de suas vítimas.
O mundo se transforma numa linha tênue entre câmera lenta e super velocidade. Ou é barulho ou silêncio demais e pra você já não há diferença. Sua vida se tornou cinza assim como as nuvens do céu de dezembro que sempre fazem chover. Acontece um temporal dentro de você e ninguém vê.
Você se torna invisível e passa a viver pelos cantos imundos dos becos escuros daquele fundo de poço que você está de novo.
A alegria da tua vida some. Tudo volta a ser tristeza e solidão. Você faz as malas e vê, que não importa o que aconteça, o fundo do poço sempre será a tua velha casa.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O eu tão errado...

Eu que não tenho cor, não tenho som, não tenho gosto, nem dom. Não tenho timbre, não tenho voz. Eu.
Eu que não tenho nada, que não tenho ninguém, eu tão sempre só.
Eu que cresceu na pequena luz de uma escuridão, eu que desejou ser o alvo de algum afeto, alguma paixão. Eu tão só.
O eu tão singular que agora só sabe se ver no teu plural. Mas por ter sido tão eu desde o útero, acabou por ser tão besteira. Asneira, bagaceira, tudo menos brincadeira. Eu tão eu.
Eu tão triste, tão sentimental, tão doída, tão dolorida.
Eu. E tu.
Plural.
Nós. Tão a sós, tão nós. Tão eu querendo o teu tu.

domingo, 6 de abril de 2014

Ligação.

Liguei pro orelhão do teu coração 
E só ouvi a caixa de mensagem atender.
Eu fui lhe procurar.
Te achei dentro de mim!
Menina sapeca levada da breca, 
Já quis logo me roubar pra si.
Fugiu de casa 
Me encontrou, me levou.
E com ela então eu fui.

Ligaram pro orelhão do teu coração
E quem atendeu foi eu.
Desculpe, mas agora,
Esse coração também é meu.