sexta-feira, 24 de outubro de 2014

This.

Planos.
Saudade.
Sonhos despedaçados.

Olheiras.
Cansaço.
Frustração.

Desânimo.
Vazio.
Confusão.

Vontade.
Impedimentos.
Incompreensão.

Solidão,
Que assim,
Seja.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Coleciona(dor)a.

É muito confuso esse vai e vem, gente pra todo lado, não sei ainda se o caos aqui dentro é maior do que lá fora, já te contei isso né? Devo ter contado... Mas u sempre ando tentando descobrir.
Tem dias que eu sinto mais saudade do que deveria, aquela saudade que aperta, esmaga, quase destrói o peito e reduz ele a um tamanho de um arroz. Em alguns outros até que me viro bem, conto estrelas pro tempo passar mais rápido e a cada três estrelas, uma saudade a menos pra contar... Até essa conta começar a falhar. Sou apenas eu tentando me enganar.
Entre minha coleção de desencontros, ainda te encontro em tudo e fiz uma nova coleção de adesivos pra remendar o peito. Te guardo como o meu melhor segredo, aquele que eu gostaria de gritar mas sei que é para mantê-lo assim só pra mim. É mais poético e lindo assim - doído também, confesso. Te guardo como um segredo bom de lembrar, mesmo quando sei que é preciso esquecer para conseguir sobreviver. Eu só não sei se quero. E se devo.
Talvez, mesmo contra à minha vontade, seja a hora de deixar o passado em seu lugar já que ele não quer virar futuro. Talvez seja hora de deixar o meu melhor segredo virar realmente segredo. Dentro do meu peito.
Foi bom te ver sorrir, e eu ainda lembro do teu jeito.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Olhando.

Dizem que o amor nos deixa cegos e talvez tenham razão. Eu estava tão ocupada te amando que não olhei para os lados, nem para lugar nenhum além de você. Você. Você que estava sempre na minha frente me fazendo te enxergar. O engraçado é que todo mundo me via olhando somente para ti menos tu. Tu. Tu que eu não sei até hoje como me olhava realmente, mas eu, ah, eu só olhava para ti. Olhei tanto pra você que não prestei atenção ao meu redor aliás, parecia que o mundo ao meu redor não existia, a única coisa que sempre existiu foi tu e todo mundo via. Menos você. A única que tinha que olhar.
A gente sempre combinou em quase tudo mas acho que em certas coisas nós nunca nos entendemos. A direção para qual olhamos era uma dessas coisas, talvez. Eu te olhava tanto e ah, como eu adorava te olhar... Mas você nunca percebeu. E quando eu lhe dizia tentando fazer você prestar atenção, você nunca acreditava. E eu nunca soube para onde você olhava. Será que era só para mim também?
Enquanto eu te olhava o mundo acontecia ao meu redor e a quilômetros de distância dele também, e algumas pessoas me olhavam. Mas eu não podia vê-los porque eu sempre olhei para você. Bem, acontece que agora você se foi e eu não sei e talvez nunca saberei o que um dia eu fui pra você se é que ainda sou alguma coisa. Resolvi engolir tudo pra dentro e voltar a olhar pros lados mesmo já não tendo ninguém me olhando. Nem você. Apenas as sombras de todos que me olhavam caminhando para mais longe de mim. E eu deles, talvez. Resolvi também aceitar a minha solidão e seguir. Ainda não sei aonde irei, eu só não posso parar e olhar para alguém de novo. Não mais. Porque a gente só aceita o amor que acha que merece. E talvez, eu não mereça amor algum.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Alma Imunda.

Afinal, o que eu sou? Uma anomalia, esquisitice, um erro sem concerto, qualquer coisa assim? Uma anormal em um mundo normal ou uma normal em um mundo anormal? Um alguém bom fazendo coisas ruins ou um alguém ruim fazendo coisas boas? Afinal, quem sou eu?
São inúmeras perguntas quase todas sem respostas, e quanto mais eu tento me encontrar parece que só consigo me perder. Acho que nunca me encaixei em nenhum lugar - só naqueles braços que já não são meus, mas isso não vem ao caso - e não consigo não me sentir uma decepção completa para as pessoas ao redor. Um fracasso. Acho que apostaram demais em mim sem por na garantia. Erro deles por esperar demais ou meu por não conseguir? Minha alma, que talvez seja imunda já que é assim que a sinto agora, inunda meu ser de confusões e me suja. Estou enlameada dos pés a cabeça e tudo o que eu consigo sentir é um caos dentro de mim. Brigas pelas ruas, copos cheios de álcool que logo ficam vazios, tragos que só me fazem mal. O mundo parece me fazer mal e eu devo fazer mal a ele também. Para onde vai a minha vida se eu nunca quis que ela fosse assim? Dizem por aí que eu ando pior do que nunca, eu posso ouvir e concordo com eles. Me sinto suja, enlameada dos pés à cabeça dentro de um abismo que eu não sei quem criou pra mim mas que eu gostaria de sair, só não vejo como.