sábado, 27 de dezembro de 2014

Adiantando o carnaval (e o resto dos meus dias).

Logo logo é carnaval lá fora. Eu poderia falar que me traz tantas lembranças, mas hoje eu não vim falar de lembranças.

Logo logo é carnaval lá fora. E eu nunca gostei de carnaval. Gosto do confete, da serpentina e do malandro, mas não do carnaval. Na verdade, eu não gosto são das pessoas, elas sempre teimam em estragar tudo. Estragaram o carnaval também. Tão humano... Eu queria mesmo era ser bicho! Bicho pula carnaval? Acho que não...
Logo é carnaval lá fora e tem dias que tudo o que eu quero é silêncio entre meus pensamentos, na avenida eu só gosto de passar durante a noite, sozinha pela cidade caçando estrelas. Tem dias que o que sobra é apenas o frio dos dias quentes, se é que me entendem...
Logo menos, logo mais é carnaval lá fora e cada um se protege como pode.
Carnaval está vindo aí. Economizei minhas fichas para jogá-las fora. Parei de apostar, parei de esperar.

A única coisa que espero agora são as cervejas gelarem para eu ver o bloco do eu sozinho passar.

Meu bloco. Meus novos dias.

Eu sempre quis...

Eu sempre quis conhecer tua casa, adentrar no teu mundo mais secreto e sujo. Eu sempre quis te conhecer por inteira. Te ver de roupas curtas, brava, com cara de sono, com cara safada e sem roupa também. Eu sempre te achei tão bonita... Tão bonita que acho que vou te emoldurar! Serás meu quadro mais belo, enigmático. Mistério...
Eu sempre quis passear pelo teu corpo, conhecer teu aspecto, deixar você mapear minhas costas com prazer por completo. Eu sempre quis te fazer minha (porque eu sou sua, eu sempre fui sua). Sempre quis ser tua parte mais bonita e participar da tua podridão, junto contigo, porque eu sei baby, não tem graça ser fora da lei sozinha.
Eu sempre quis ser tua bossa e teu rock'n'roll, tua coca-cola pra matar a tua sede no calor e teu chá de inverno. Eu sempre quis ser o cigarro que passeia por entre teus dedos deixando um aroma amargo, e a cerveja que quando derramada, cai por entre teus seios.
Eu sempre quis ver tua colcha rosa forrando tua cama, tuas poesias coladas pela porta, as guloseimas da tua geladeira. Tua cara de sono pela manhã. Eu queria te ver de todos os modos, e bem mais também.
Eu queria ser a tua medida exata pra perdisalvação. Está me entendendo? O que você preferir, você que escolhe... E entre tantas coisas que eu queria, eu me pergunto: o que será que eu fui?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Então é verão né? Finalmente verão. Uma volta de 360° completa. Quase um ano. Eu lembro, e você?
Janeiro faz doer (e ele ainda nem chegou), lá pelo dia 10 mais ou menos. O "followback" foi apertado e uma explosão chamada: você, aconteceu em minha vida.
Então é natal né? Momentos importantes olá nova vida, adeus vida velha. Adeus eu, né? É.

Engraçado como a gente deseja estar tanto na vida de alguém, em cada momentinho, desde o vestido de gala até o pijama velho surrado, desde a taça de champanhe até a escova de dentes tirando o bafo pela manhã. Incrível como a gente planeja, planeja e planeja sem saber que o certo é não planejar, e de uma hora pra outra o mundo gira, a vida muda e você já não está mais lá. Ou alguém já não está mais aqui. Nem tão simples assim, mas acontece. Sempre acontece. Infelizmente.
Você aconteceu e desaconteceu na minha vida, e a dividiu no antes e no depois de você. Incrível como tudo perde a graça. Mas desaconteceu é apenas modo de falar, claro. Você ainda está mais presente em mim do que eu mesma. É visível, inevitável.

Mas as coisas mudam, é fato. Já é natal e de todas as coisas que eu pedi, tu és aquela que eu mais quero ter. Acontece que já não sou mais criança e sei papais noéis não existem. E a esperança de criança se transformou em artigo em falta no meu peito.
Janeiro já está quase aí e dentre todas as coisas que já doeram, ele fará pior. Triste lembrar do começo quando o fim está aí. Tem sido o fim para mim todos os dias quando deveria ser recomeço. Mas eu já não sou mais criança meu bem, e amar sozinho dói demais. Sinto falta de você nos meus dias e nas minhas noites, você as tornava mais suportáveis.

Recolho minhas lembranças, inspiro ar puro buscando a coragem pra seguir em frente e buscar algo como você, que me faça parar de só existir. Até lá vou te revivendo enquanto o coração suportar.
Tua foto ta guardada no bolso perto do meu peito. Não te esqueço nem se esquecer.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ressuscite-me.

Tantos meses já se foram e ainda me parece tudo igual. Mas as coisas mudam, parece que você mudou. Algo certamente mudou em mim depois de ti, só não muda o que eu sinto.

Não aguento mais sentir tanta saudade no peito sem poder matá-la, não aguento mais essa vontade de falar, de saber como você está, de fazer parte da sua vida. O que foi que mudou pra nós?

Será que você não sente falta? Pois eu sinto todos os dias. E todo dia é um tormento lembrar que toda noite não vou ter mais você para dividir meus sonhos, minhas histórias, para me alegrar. Parece clichê, mas meu arco-íris perdeu a cor e eu passei a viver com as cinzas de abril. O inferno na terra meu amor, tem sido os dias sem você.

Quando é que você volta para me salvar desse precipício em que você me largou? Se é que você volta.... Porque foi tua ausência que me matou, e só teu amor pode me ressuscitar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Again...

O que fazer com as lembranças?
Guardar dentro de um baú, trancar a sete chaves, jogar ao mar? Simplesmente não da para apagar ou esquecer, abandonar ou largar. Está aqui. Não da para simplesmente deixar sua carteira de cigarros preferidos, sua cerveja favorita, seu filme predileto, o cheiro que você adora, a roupa que você mais curte ou o som que você mais gosta de escutar. Essas coisas estão com a gente, para sempre, desde o dia em que elas surgiram em nossa vida. E todas essas coisas são você para mim. Minha pessoa preferida no mundo, e foi assim com você também - naturalmente. Não dá para tirar algo tão bom da minha vida. E se já não fosse difícil o bastante, o que eu faço com as lembranças do que eu não vivi com você? Pois delas eu também não consigo largar.
Coloco-as em uma garrafa e jogo ao mar, bem aquela bobagem de pirata? Eu não consigo esquecer, e cada dia longe me faz enlouquecer. Sem falar da saudade. Ah, a saudade...  É possível se morrer dela? Pois eu sinto que sim, toda vez um pouco mais.
Me mostra a receita que você usou para me expulsar daí de dentro, ensina a ser assim como você, me mostra qual é o melhor caminho para nós. Ainda existe nós? Eu e você.
Já faz algum tempo, já faz tempo demais mas ainda é sempre cedo para o nós que não nos coube. Mas ainda cabe. Ainda...
Baby i'm yours. R u mine? Because i wanna be yours. Again...