terça-feira, 31 de março de 2015

365 dias.

Um ano. Trezentos e sessenta e cinco dias que não foram ao seu lado. Tormento. Trezentos e sessenta e cinco dias descobrindo que o inferno na vida é uma vida sem amor, sem o nosso amor. Dizem que nós somos melhores quando estamos com a pessoa certa. E eu era melhor quando estava com você - queria que tivesse sido recíproco. Às vezes tenho a sensação de que fui apenas mais um mero engano, um equívoco seu... Noutras acho que fui a coisa certa que apareceu no tempo errado. Será que um dia iremos saber? Não sei.
Um ano. Trezentos e sessenta e cinco dias fazendo planos que nunca iriam se concretizar, imaginando viver coisas ao lado de quem mais me fez feliz. Loucura. Mas eu sei que você sempre foi bagunça e bagunça da boa baby, e do momento que eu te encontrei naquela tela de computador eu soube: você não iria sair da minha vida. E hoje, um anos depois eu só queria bater na tua porta e ser dessa vez a menina com a flor na mão (para te dar, claro) e te fazer abrir seu coração pelo menos uma vez pra me ouvir e acreditar em tudo o que eu disser, pois eu nunca fui tão real em minha vida...

Eu te amei desde a primeira vez que te vi sabia? Desde quando te vi de cima do skate atrás daquele muro e pensei "ai meu Deus como ela é linda!" desde do teu short marrom com camisa jeans, desde o meu skate e minha calça vinho com blusa do Arctic Monkeys. Em volta naquela enorme lagoa. Foi ali. Você se lembra? Desde então eu percebi que as coisas que eu via nos filmes podiam sim existir, porque você me fazia sentir assim: pela primeira vez dando certo. Você fazia eu me sentir infinita. E eu fui te amando e te amando e eu não consegui mais parar. Fui te amando tanto que acho que por vezes deixava meu jeito transparecer que nem tanto assim. Nem tanto assim quando era tudo e muito mais dentro de mim por ti. Desculpa se não matei tua insegurança, se não consegui te mostrar que eu sempre só tinha olhos e coração pra você, se eu te fiz fugir, se eu não soube ser melhor. É que quando eu erro é tentando sempre acertar, que as vezes quando não demonstro é quando eu mais quero demonstrar. É que as vezes eu sou mesmo assim: desajeitada por ter jeito demais. Hilário não é? Da pra entender?
Dia trinta e um de março: sempre foi o nosso dia, você sabia? Acho que não. Mas eu sempre soube. Sempre notei todos os seus detalhes (até aqueles imperfeitos que me irritavam) porque eu sempre amei tudo em você e mesmo querendo muito, nunca esperei nada em troca. Você me fez ver que amar é apenas isso: a m a r. Essa palavrinha de quatro letras que cabe o mundo inteiro dentro delas. Amar é amar aquilo que a pessoa é e faz você sentir, e não amar o que ela sente por você. E você sempre fez eu me sentir incrível, sabia? Você era o meu amuleto, minha sorte na vida de ter alegria e aimeudeus como eu fui feliz do teu lado mesmo com todo ciúme, com toda distância, com toda insegurança, mesmo com os empecilhos e tudo o que eu mais queria era te fazer sentir pelo menos metade disso.
Pela primeira vez eu soube: eu estava amando e isso não iria passar  nem tão cedo. Talvez um dia passe, talvez não, o que eu não quero que passe somos nós. Sempre tivemos uma ligação muito forte e eu só que você sabe. É isso que nos faz ser pra sempre nós e não apenas eu e você. Entende? Sei que um dia, ainda distante, eu possa gostar de alguém, talvez. Quem sabe casar sei lá. Talvez. Mas sinto do meu eu mais profundo que é você aquele alguém que sempre vai me ter consigo. Que é só estalar os dedos e eu volto. Mas como eu posso voltar se eu nunca fui embora?
Um ano. Trezentos e sessenta e cinco dias e está tudo aqui ainda, do que você deixou. Será que um dia você vem arrumar? Porque eu continuo aqui. Porque eu me importo, eu amo, eu me preocupo, eu quero você sempre comigo e mesmo que eu tenha que te ver atolada em trabalho meio distante ou amando outro alguém eu sempre quero você perto de mim e sendo feliz. Quero ver você arrancar um enorme pedaço do mundo com esse teu brilho que pode iluminar o mundo inteiro. Porque você é meu Cazuza, o meu Chico, minha bossa nova, meu rock'n'roll, minha banda favorita, meu livro predileto, a rua que eu passo todo dia, o programa matinal da tv, o meu cigarro, a minha cerveja, o meu bem, o meu amor. E isso não é uma mentira de primeiro de abril.
Eu nunca vou deixar o que eu mais quero ter comigo.
E entre mais um milhão e quinhentas coisas que eu quero te dizer: Feliz um ano meu amor.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Aonde é o nosso lar?

Sinto que não há mais um lugar pra mim, que não há mais espaço para eu ser eu. O mundo gira tão depressa que às vezes parece devagar, mas o mundo sempre gira. E gira. Gira mundo cão!
Gira e me leve para outro lugar. Uma outra era, uma outra dimensão psicodelica que me faça acreditar que um dia as coisas hão de mudar, pois desde que o mundo é mundo, as pessoas são perdidas. Será que a gente nasce para se encontrar ou é a gente que se perde no caminho?
Não venta mais pra cá e os dias vão queimando como cigarro: cinzas e com gosto amargo, e que gosto amargo tem a vida quando ela não sabe ser doce. Será que é a gente que azeda? O tempo vai dizer.... Ou não. Às vezes tenho a impressão de que o tempo é mudo e em sua mudisse é que aprendeu a dizer muita coisa. Ou não também... O problema é que a gente nunca sabe e passa a vida tentando saber.
Será que a vida é algo além de esperar? Estou esperando a resposta. Se alguém souber, favor me contactar, não tenho nome, não tenho casa, não tem lugar pra mim, não tenho nada meu. Apenas sonhos. Mas espero que um dia eu pare de sonhar e comece fazer tentando encontrar nesse mundo louco, o meu lar pra viver.

Será que todo mundo tem um lar? Aonde ele deve ser?