domingo, 23 de janeiro de 2022

toda a solidão do mundo.

 acordei numa madrugada depois de ir dormir cedo demais. talvez tenha sido o cansaço que me pegou, talvez tenha sido o excesso de preocupações, talvez seja a minha cabeça que não para de pensar, talvez seja a lágrima que acabou de descer, talvez, talvez, talvezes… 

tenho me perguntado muito quando é que eu vou conseguir me achar e parar de tanto me perder, quando é que  vou ser amada por alguém, quando é que vou conseguir ser pelo menos um terço do que minha mãe sonhou pra mim, quando é que vou poder dar algum orgulho pra ela, quando é eu vou ter coragem. é mais difícil fazer do que falar e talvez eu seja fraca demais. queria escrever algo bonito sobre esse infinito de vontades e incertezas que trago comigo desde novinha. o problema é que nada de bonito se tem no fracasso. nem na solidão do mundo inteiro que bate aqui no peito, porque dói demais e eu não sei se algum dia vai parar de doer.

talvez eu só devesse me jogar, talvez eu só devesse desaparecer. 

algum dia eu hei de saber, até lá, trago em mim toda a solidão do mundo.