sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Aventurinhas de Macacos do Ártico.

Quatrocentos e noventa e faltam quinze casas para o 505. E para lá que estou voltando. "Pague para ver ou você nunca vai saber" era o que eles me diziam e eu só queria saber se aquele sentimento era verdadeiro. "Você é minha?" Eu procurava saber.
Por que você só me liga quando está louca de bêbada e não quando sente a minha falta? Me faça um favor e quebre o meu nariz ao invés do coração. Me ligue para dizer quando irá embora mas antes, pegue seus sapatos dançantes pois eu sei baby, que você fica bem na pista de dança.
Sons loucos estão invadindo a minha mente e eu faço serenatas despreocupadas para você. "Saia dessa e venha ser um adolescente fluorescente com a gente" era o que eu ouvia por aí, mas eu só queria ser sua para pegar uma estrada e quando o sol se puser, ter um romance certo com você.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

E aonde é mais frio?

Eu me sinto tão distante toda vez que eu me lembro do que aconteceu. E o que aconteceu baby? Tantas coisas desde que eu consigo me lembrar e, infelizmente, eu nunca fui de esquecer. Me olho no espelho pela metade todo dia, sabia? É claro que não sabe. Ninguém sabe.
Copos, tempos. Ninguém enxerga através de mim.
Sem rumo, sem prumo e é assim que eu vou. Meu penteado novo, meu jeans preto rasgado e meu tênis da moda já não enganam mais ninguém. Nem a mim. Mas o que foi que aconteceu baby? Por onde anda a esperança, o gostar, o querer? Por onde anda o meu eu, o seu eu, o eu de todos nós? Geração coca-cola mais perdida do que cego em tiroteio. E eu já nem sei mais o que quero falar por ter tanto a dizer. São tantos caminhos a seguir e eu não consigo seguir nenhum. Tomei a decisão de ir para o mais longe. E quanto mais longe eu chegar melhor. Quero me ver distante de tudo. Não há nada para que eu faça falta, então eu só paro quando eu chegar nas colinas de gelo do Alaska. Ainda pretendo descobrir aonde é mais frio um tanto: lá ou no coração do ser humano?

domingo, 25 de janeiro de 2015

Hold on.

É pequena, as coisas nunca irão ser fáceis. Tolo é quem acha o contrário. Mas todos nós somos um pouco tolos também, não é? E o fato é: as coisas não serão fáceis porque desde que o mundo é mundo, o que não falta são pedras no caminho. O bom é que nós podemos chutá-las. Mas se a gente não tentar, nunca vai conseguir e é por isso que as coisas parecem ser tão difíceis assim. É o ciclo vicioso da vida. Você também tem o seu, lembra?
Dizem que seu cabelo ficou mais claro agora, e que o brilho dos teus olhos amendoados as vezes volta com o tempo. Dizem que você não larga mais uma cerveja gelada e que anda se esforçando muito. Isso me deixou feliz por um momento. Mas me lembrei de que praticamente nunca eu posso ajudar e foram tantos os detalhes (acho) que contribuíram para isso que eu precisaria de outro par de mãos se quisesse contar nos dedos. Eu sempre sinto sua falta, e mais ainda, de como você precisava de mim para que as coisas ficassem pelo menos um pouco melhores. Eu também sempre precisei de você. Anda frio em toda e qualquer estação e eu sei que com você também é assim. Mas isso não é sobre mim e meus sentimentos, e sim, sobre como as coisas não serão fáceis. E elas realmente nunca serão, mas ao fim de tudo a gente vai rir e dizer "ainda bem que passei por aquilo tudo." Porque no fim baby, tudo tem que dar certo, a gente tem que acreditar.
Pequena, fui até a praia mais distante afim de encontrar algo que brilhasse mais que você depois de um dia ruim e até agora não encontrei. Acredita, e tudo vai dar certo.
Vai dar...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Boemia.

Becos.
Vielas.
Blues tocando por todos os lados.
Jaquetas de couro.
Uísques e chapéus.
Guardanapos rabiscados no canto das mesas dos bares.
Flerte.
Sorrisos e provocações.
Desafios.
Riso solto, qualquer som na viola.
Cerveja escorrendo por entre seios alheios.
Mãos aqui e ali.
Sexo.
Gemidos.
Prazer escondido.
No fim cigarros.
Boemia.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Sobre Desculpas...

"Mil desculpas eu peço por não saber dizer adeus direito..."

Desculpa por sentir demais, por deixar de menos. Mil desculpas eu peço por ter feito planos, pelos nossos ideais, por ter sonhado e acreditado demais. Desculpas eu peço por ter insistido e insistido em você, em mim, em um nós que não nos coube. Mil desculpas eu peço por ter deixado você deixar a vida acontecer, porque você sabe: ela só acontece se agente deixar. E a gente deixou. Desculpa.
Mil desculpas eu peço por não soltar as amarras, os apegos e lembranças. Desculpa por guardar tudo e por não ser de esquecer. Mil desculpas eu peço por não conseguir te deixar ir e ainda assim decidir te deixar ir de uma hora pra outra. Desculpa por isso ser a coisa mais difícil que a gente tem que fazer. Desculpa também se ainda não sei se quem sofre mais é quem fica ou quem parte. Mil desculpas eu peço por me tornar quem eu vou ser.
Mil desculpas eu peço também por ver a beleza em ti, por ver o horror em ti, por ver teu interior. Desculpas eu peço por te conhecer e ainda assim não te conhecer por completo. Mil desculpas eu peço por te querer demais, te desejar demais, desistir de menos. Desculpa se eu eu amei demais. Desculpa pelas as coisas que eu nunca vou conseguir dizer.
Mil desculpas eu peço por não dizer adeus.

Mas até mais...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Hoje Eu Paro.

Hoje eu paro. De fumar, de beber, de amar. Eu paro.
Hoje. Eu. Paro. Só isso.

Hoje é o meu ultimo cigarro. Minha última tosse, minha última fumaça rodopiando ao redor da mente. Meu último apelo sexual com cheiro amargo nos dedos. Meu último apelo sexual com cheiro amargo nos dedos, aliás também. Hoje eu paro.
Hoje é meu ultimo drink, cerveja, birita. Meu ultimo porre, minha ultima ressaca. Ultima enxaqueca clamando por água, MUITA água. Meu ultimo brilho nos olhos de inconseqüência alcoólica (aquela que não tem medo e sai fazendo tudo de improviso sem pensar nas consequências). Hoje eu paro.
Não foi hoje mas eu já parei de amar faz muito tempo. Não sei em que momento, nem se de fato já havia amado antes de você. Você que me fez aprender o que é esse verbo intransitivo que transita pelo meu peito. Mas hoje eu paro. E hoje é meu ultimo você. Meu ultimo amor. Sim, eu te amei, amo, amarei. Conjugarei todos os verbos por te amar. Mas chega de falar dos outros, das outra coisas, tudo que não seja eu. Por isso hoje eu paro.
Hoje eu parei com as migalhas. Porque um dia me disseram: "mesmo sem saber e sem querer, é de migalhas que você vive." e era. E eu nem sabia. Me despertaram desse pesadelo disfarçado de sonho. Caí na real. E meu ídolo Cazuza que me desculpe, mas raspas e restos não me interessam. Não mais.

Hoje eu parei de só existir, para continuar vivendo.