quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Hoje Eu Paro.

Hoje eu paro. De fumar, de beber, de amar. Eu paro.
Hoje. Eu. Paro. Só isso.

Hoje é o meu ultimo cigarro. Minha última tosse, minha última fumaça rodopiando ao redor da mente. Meu último apelo sexual com cheiro amargo nos dedos. Meu último apelo sexual com cheiro amargo nos dedos, aliás também. Hoje eu paro.
Hoje é meu ultimo drink, cerveja, birita. Meu ultimo porre, minha ultima ressaca. Ultima enxaqueca clamando por água, MUITA água. Meu ultimo brilho nos olhos de inconseqüência alcoólica (aquela que não tem medo e sai fazendo tudo de improviso sem pensar nas consequências). Hoje eu paro.
Não foi hoje mas eu já parei de amar faz muito tempo. Não sei em que momento, nem se de fato já havia amado antes de você. Você que me fez aprender o que é esse verbo intransitivo que transita pelo meu peito. Mas hoje eu paro. E hoje é meu ultimo você. Meu ultimo amor. Sim, eu te amei, amo, amarei. Conjugarei todos os verbos por te amar. Mas chega de falar dos outros, das outra coisas, tudo que não seja eu. Por isso hoje eu paro.
Hoje eu parei com as migalhas. Porque um dia me disseram: "mesmo sem saber e sem querer, é de migalhas que você vive." e era. E eu nem sabia. Me despertaram desse pesadelo disfarçado de sonho. Caí na real. E meu ídolo Cazuza que me desculpe, mas raspas e restos não me interessam. Não mais.

Hoje eu parei de só existir, para continuar vivendo.

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