eu entendi. eu finalmente entendi.
entendi que eu ouço coisas que a grande maioria chamaria de velharia.
entendi que prefiro tardes no parque apenas observando as pessoas em suas vidas alheias ou tendo uma boa companhia ao meu lado compartilhando de um silêncio confortável do que sair, beber e fazer loucuras até sair fora de órbita.
entendi que eu também tenho meu lado rebelde, meu lado selvagem que adora fazer essas coisas,
mas que preferiria usá-los como os livres, rebeldes e selvagens os usam nos livros,
como se fossem heróis só por um dia. e com uma bela companhia…
entendi que eu sou uma bagunça cheia de paradoxos dentro de si.
entendi que eu procuro alguém que me beije de baixo da chuva, que não tenha medo de parecer louca quando em nome do amor, fizer as mais belas bobagens, alguém que eu possa falar, cantar e dedicar as coisas mais puras e profundas que existem dentro de mim, sem medo de ser julgada e rejeitada,
alguém que me entenda nas coisas que desesperadamente clamo em minha alma para ser entendida.
entendi que quero alguém que me abrace no fim da noite toda a noite e que me abrace mais apertado ainda quando as coisas não irem tão bem.
entendi que quero alguém para ouvir billie holiday ou johnny cash na sala de estar enquanto desfrutamos de uma bela taça de vinho e lemos alguma coisa.
entendi que gostaria de dançar um blues em um coreto como em uma história de amor que eu li…
eu entendi que gosto e quero viver clichês.
entendi que quero alguém a quem entregar meu coração sem medo de devolução.
e finalmente entendi, que essa sou eu meus caros, apenas uma garota procurando por algo que não existe.
e por isso eu finalmente aceitei os fatos: a solidão, a música e as histórias serão meus únicos casos.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
anseio.
ainda estou bêbada da noite passada
o gosto do cigarro ainda amarga meu paladar
o anseio em meu peito de nunca mais conseguir confiar
cresce latente me enchendo de vertentes
as memórias ainda frescas em minha mente
impregnam o meu ser, meu sangue, minhas veias
com a sujeira do mundo
e a podridão do ser humano
quem dera eu ser animal
que não pensa
só sente,
muito.
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