domingo, 19 de outubro de 2025

verdades que enfim contei a mim...

a verdade nua e crua, aquela em que nunca quis admitir para ninguém, nem para mim mesma, mas que talvez esteja mais do que estampada em minha face, é que eu sou alguém muito só. e eu sempre fui.
eu nunca tive muito com quem brincar na infância ou quem me levasse ao parque aos domingos, muito menos quem me ajudasse enfeitar as luzes de natal a noite. acho que nunca fiz o coração de ninguém bater mais forte, pelo menos não por tempo o suficiente para que fizesse alguém ficar, nem sou a primeira que alguém pensa quando quer colocar a cabeça no ombro de alguém e despejar seus anjos e demônios. e eu não sei muito bem o por quê. eu sempre dei tudo de mim para ter essas coisas em que tanto a gente vê na tv mas que sempre me pareceram inalcançaveis demais para mim até que elas se provassem realmente inalcançáveis. talvez haja algo de errado, algo quebrado em mim. ou talvez, eu apenas tenha escapado de algum livro de conto de fadas e a vida real não dê muito certo para mim assim. seja qual for a razão, ano após ano, tenho entendido que não fui feita para funcionar como os demais, desde pequena, então cada vez mais, o que me resta é tentar me acostumar que a única companhia que sempre irei ter sou eu mesma. nos natais, aniversários e quando os dias pesam, como hoje. e no fim, talvez não haja mesmo companhia melhor do que essa.
mas se eu pudesse escolher, gostaria de ter quantas companhias meu abraço conseguisse ter.
talvez eu escreva um conto de fadas em que isso finalmente aconteça e assim, em alguma realidade alternativa, em algum lugar do universo, eu não fique assim sempre tão só.

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