quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sobre a morte da esperança.

É sempre um abismo seguir por um precipício chamado esperança. A esperança te faz caminhar por desertos cheios de dunas perigosas, navegar por oceanos repletos de tempestades e tubarões, correr em meio a um furacão. Tudo com uma pequena chama dentro de você de que você nunca vai se ferir, ou que pelo menos no fim não será nada grave. Que a kriptonita do seu Super Homem ou Mulher Maravilha está bem longe, mas no fim você sempre cai. Pois se tem uma coisa certa na esperança, essa coisa é a queda. E ao invés de ser rápida e quase indolor, ela é lenta. Ela te faz flutuar em meio a devaneios, em volta da loucura, dentro dos seus piores receios, para no fim, você cair morto. Morto, estatelado, duro e frio no chão. A esperança nunca mudou as coisas porque ela é só uma desculpa pra fingir que nada é tão ruim assim. Mas quase sempre é. A esperança não salva ninguém pois ela é sempre a última a levar o pé na bunda para que o pé que ela nos dê seja fatal.
Que a esperança então, seja artigo em falta no meu peito já que ela nunca mudou ou adiantou nada.

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