sábado, 30 de maio de 2015

Você também?

Eu queria o cheiro dela nas minhas mãos, percorrendo pelas minhas roupas, fazendo de cada lembrança um novo momento, trazendo à tona novas vontades como é toda vez que eu a vejo. Às vezes tenho a impressão de que nossas almas, pelo meio do caminho, se encontraram, e eu ando agradecendo muito por esse esbarrão.

Acho que a sua mão se encaixa perfeitamente na minha quando nossos dedos se entrelaçam, adoro quando seus olhos tão lindos me olham com tanto afeto ou desejo e acho muito bem que eu poderia viver dentro dos teus braços.

Às vezes você não está e a saudade aperta. Vivemos na expectativa de que de repente as coisas possam complicar, mas o que eu já sei meu bem, é que se a gente for junto, a gente vai bem. Mas a gente tem que ir junto, hein?
E há muito tempo eu não ia tão bem assim baby... Você também?

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Não desate o nosso nó(s).

Ei, cê tá dormindo aí do outro lado do bairro né? Tá meio longe e meio tarde mas eu queria tanto poder te olhar dormir... Mexer no teu cabelo que eu gosto tanto, cuidadosamente, e falar baixinho no teu ouvido, que eu sinto sua falta até quando estou com você, é como se nenhum tempo fosse tempo suficiente pra estar do teu lado, - pois quero perder todo meu tempo contigo - queria te falar mansinho das vontades que eu tenho para nós e de como eu queria minha vida com a sua, mas acho que já está tudo meio entrelaçado não é mesmo? É que já me sinto amarrada, entrelaçada a você, então não desentrelace mais. Queria sussurrar das vezes que fiquei sem dormir imaginado como seria se você estivesse comigo, em como eu que virei alguém tão cheia de meios nadas, já quero dar tanto para você...  É que depois de tanto morrer por um amor, você me chegou assim - de novo e de vez, espero  - de mansinho e anda me roubando tanto, que parece que há sempre demais de mim e pouco de você, se é que isso tem lógica mas que se dane a lógica quando o assunto é gostar de você. Porque eu gosto de tudo, assim, pronto.
Eu não sei se acredito no destino, mas se tudo acontece por um motivo e a vida não dá mesmo ponto sem nó, que esse ponto seja nosso e que nosso laço seja feito depois do nó mais cego dos sete mares. Já navego há um um tanto de tempo amor, sou maruja velha e quando achei que já estava à salva de tudo, naufraguei no mar verde dos teus olhos.
Cê tá dormindo aí do outro lado do bairro e eu aqui pensando em como seriam boas as nossas vidas juntas.
Se já corro perigo de lhe perder, quero ficar cega para nunca mais ter como desatar esse nosso nó(s).

quinta-feira, 14 de maio de 2015

É um saco!

É um saco quando você pega no sono sem se despedir e eu tenho que ficar só esperando o sono vir. É um saco não poder te ver dormir. É um saco passar um dia sem levar teus beliscões ou olhar fundo nos teus olhos verdes, - tão verdes que dá vontade de mergulhar neles. É um saco não segurar tuas mãos ou sentir o teu cheiro tão maravilhoso. É um saco não poder pular tua janela, me enclausurar contigo em um mundo paralelo e fazer desse mundo, nosso pequeno espaço de tempo. É um saco não poder deitar no escuro contigo, te deitar entre meu braço e meu ombro e poder te ver sorrindo meio sem-paciência-meio-pidona tentando me beijar enquanto eu rio tentando te provocar. É um saco não poder desvendar os mistérios do teu corpo. É um saco ter que te deixar ir embora e não poder seguir teus passos até a tua casa. É um saco não poder estar contigo quando eu bem quero. É um saco ter que esperar até o outro dia pra poder te ver de novo, nem que seja uma hora ou duas, ou até menos que isso. É um saco! Mas de agora em diante eu espero, de agora em diante eu vou sempre esperar...

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Adeus você. E adeus eu.

Não.

Não tenta me enganar, me fazer de otária. Não tenta me passar para trás pois eu já tenho alguém que faça isso por mim: eu mesma. Não tenta dizer sim se queres dizer não sei ou apenas não. Talvez depois, amanhã, mais tarde. Ou nunca. Mas hoje não. Eu sei. E você também sabe. Não tenta fingir. Não deu. Acontece. Só não brinca comigo, não tenta me transformar em mais um dos teus bibelôs pois eu já não posso mais brincar assim. Não aguento mais. Eu sei, talvez não seja por querer mas é assim que você faz. E eu entrei nesse teu jogo e eu não sei mais como sair. Me perdi em meio ao redemoinho que és e no fundo eu sei baby, não da pra sair. Nem tão cedo. Fico no fundo, imersa, suportando tudo o que tenho para suportar. Dói, deixa marcas profundas, mas uma hora passa. Tudo passa amor e quando você passar por mim de novo, eu já nem vou mais saber... De você.

Serei outro alguém e você não vai conhecer. Nem ninguém.

sábado, 2 de maio de 2015

Iniciando desapego.

Deu nó. Nó cego, nó que enxerga, nó forte, nó brabo dentro da minha cabeça. Deu curto circuito nos fios embaralhados e enlameados do meu peito. Complicou.
Disco os números da minha razão mas há tempos que ela está na caixa eletrônica, e eu estou tentando saber exatamente o que eu preciso, até parece canção de banda indie meu amigo, mas não é, eu sei. Desapegue-se é o que um eco mais profundo que algum tipo submundo me diz. Um eco que sopra assim sorrateiro feito vento noturno que sopra, sopra, em seu assobio mil e uma histórias de terror para arrepiar braços e nucas. Mas ainda me falta prática no fazer e não se deve planejar sem investir no seguro.
Eu quase sempre perco o fio da meada e quando me acho, já me perdi em algo de novo. Dizem que quem vive pra se perder alguma hora só consegue se achar. Ou seria o contrário? Ainda estou tentando saber.
Parei de pensar. Parei de sentir. Comecei a fazer o que eu sempre bem quis. Não há por que ligar pra quem nunca quis te atender.