quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Furacão.

Não. Eu não vou atrás de ti e dizer que sinto sua falta porque você sabe. E eu sei que você sabe. O que acontece é que você é covarde, orgulhosa ou despreocupada demais para vir atrás de mim. Ou vai ver você apenas não se importa mesmo. Eu prefiro acreditar que não, e eu sei: quanto mais alto o vôo, maior a queda. E eu acho que voei mais alto do que você merecia que eu voasse. Mas voei. E agora, eu, passarinho indefeso com a asa meio quebrada, sou forçada a voar para longe, assoprada por ti furacão. Então não, eu não vou dizer que abro sua conversa só pra ver a que horas você está ou não mas que não ousei lhe chamar nenhuma vez por pura covardia, medo, anseio, orgulho, magoa ou dor. Não, eu não vou dizer que todas as noites antes de dormir eu sonho eu ir dormir escutando a sua voz ou que eu queria estar onde você está. Não, eu não posso dizer que queria que você sentisse por me deixar tão só porque se eu disser, tenho medo de cair dentro de ti de novo furacão, e nunca mais poder sair...

Nenhum comentário:

Postar um comentário