terça-feira, 5 de novembro de 2013

Far From You...

"Você tempestade, me desafia com esses lábios perdidos. Me consome insanamente, nas ranhuras intercalando nossos beijos, brota o estopim do teu rosto marcado entre as inumeras vezes que te deixei a vagar, devagar. Derrama minha bebida e apaga o meu cigarro, audacia de sua parte. Me leva ao oitavo andar do ultimo arranha-ceu daquela imensa cidade, ruas iluminadas apenas por pequenos feixes de luz, eu me perdia nos meus passos, e voce continuava a dançar. Era como se teu olhar, fosse uma câmera que captava todos os meus movimentos, gestos. Você nao hesitava em nao desligar o flash, queria o barulho, algo semi-aceso. Eu queria te jogar do precipicio que aqui dentro, criei. Você tem suas asas, voe. Você faz muito barulho aqui dentro, pare. Pra que gritar? Não está vendo o quanto isso me pertuba? Pare. Pare de fingir que seus labios nao ressecam ao chorar, pare de fingir que seus olhos nao sangram ao tocar a ponta do lapis, numa folha de papel. Pare de fingir tempestades, apenas pare. Mas eu sinto sua falta, sinto muita. Sinto muito. Eu o silêncio, volto a me calar.
De sua querida, Alaska."

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