sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ampulheta.

Areia movediça,
Fumaça que me embaça
Céu azul distante, minha sala de cinema.
Cansaço, fracasso, me despedaço.

Onde estão meus outros pedaços?

Vinte e um invernos,
Mais um ano que se passa
Outra folha em branco a ser rabiscada
Mais um tempo perdido.

O que fazer com o que já foi vivido?

Querido ninguém,
É desgraçado o tempo que se passa em minha cabeça
E não há lugar pior para se viver do que em si mesma
Quando já não se sabe o que esperar mas continua esperando alguma coisa.

Ainda que você não saiba o quê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário