quinta-feira, 9 de setembro de 2021

setembro, 2021.

eu tenho me sentido sufocada. sei que devo agir, correr por mais do que tenho, mas me sinto presa com cordas em meu pescoço. queria que o mundo não estivesse sobre meus pés porque às vezes a gente só quer se deixar cair, pois talvez o chão seja mais confortável do que essa sensação de sempre estar andando em corda bamba, podendo cair do precipício a qualquer momento.
talvez as bocas que me amaldiçoam estejam certas, talvez eu nem deveria estar aqui, talvez eu seja apenas mais um erro na matrix do mundo, um cálculo de algo magnífico que deu errado. mas agora estou aqui e eu não sei que caminho seguir. a vida tem me paralizado, os dedos tem me sido apontados, as bocas cospem em minha cara e ainda que todos estejam certos, não vejo ninguém ao redor que me estenda a mão.

e porque estenderiam?

respirar tem sido cada vez mais difícil e ainda que eu precise de aparelhos, preciso aprender a sobreviver sozinha nessa multidão deserta que me encontro, pois por mais que tenha tanta gente ao redor, eu nunca fui tão sozinha assim. 

se é se perdendo que se acha, que horas eu vou me encontrar?

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