quarta-feira, 5 de março de 2014

Pra você que é meio eu...

Eu me vejo em você. É, você meio que sou eu e eu sou meio que você. 
A gente tem essa coisa de querer ganhar o mundo mas também queremos ter um cantinho só nosso. Na verdade a gente só quer encontrar aquilo que chamam de lar. Encontrei parte dele no teu peito. Eu sei, eu sei, é tolo dizer isso, mas eu sou meio que você e você meio que sou eu. A gente se entende nesse emaranhado. Me vi em ti há anos atrás. Aquele meu eu despreparado, menos desacreditado ingênuo, puro. Aquele meu eu que só queria uma mão que me guiasse no escuro. Então você se viu em mim. Cheia de cortes e feridas mas que ainda insiste em seguir mesmo que só, na espera de encontrar algo bom no fim do túnel. Você acha admirável. Eu acho tolo. Perda de tempo continuar insistindo em trilhar sozinha um caminho perdido. Mas então a gente se encontrou. Eu gostei dos teus cachos dourados e você do meu excesso de cuidado com o meu cabelo despenteado. A gente se encaixou no desencaixe do mundo.

Eu vou ser pra você a mão que eu tanto queria pra mim, pequena.

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