quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Não me deixa saber.

Não me deixe saber sobre o que você faz.

Não me deixe saber sobre as promessas que conta, sobre as não juras encardidas que despeja. Não me deixe saber se alguém passear pela sua cama. Não me deixe saber sobre mãos sujas que podem passear pelo o teu corpo. Não me deixe saber de outras salivas que vão de encontro a tua boca. Não me deixa saber para quem você também anda contando seus sonhos. Não me deixa saber pra quem você conta suas teorias mirabolantes sobre a vida. Não me deixa saber com quem você também fala na madrugada. Não me deixa saber sobre quem você põe os olhos na rua. Não me deixa saber sobre o seu desejo por outréns. Não me deixe saber se já não mais me quer (mesmo que quando chegar a hora eu talvez já saiba). Não me deixa saber que não sou a melhor vista dos teus olhos, nem a melhor fala da tua boca. Não me deixa saber que não sou a melhor encontrou. Não me deixa saber sobre quem já desejou. Não me deixa saber sobre o rosto mais bonito ou a foda mais boa. Não me deixa saber o que de ruim pode vir. Não me deixa saber nada além de mim pra ti. Não me deixa saber (mesmo que eu talvez já saiba).

Nenhum comentário:

Postar um comentário