quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Uma Festa Pro Meu Câncer.

Eu já pensei em escrever sobre você. Já me aventurei a escrever alguns trechos que envolvesse você, mas nunca de fato, cheguei a me atrever a escrever sobre ti. Mas hoje eu vi uma frase que me lembrou você: "Sabe quando as coisas vão mudar? Quando este teu céu cinza formar cores." Eu acho que tu tem tanta coisa boa no teu peito mas deixou a lama que entrou nele lhe dominar. E eu te entendo. A lama me dominou também. A lama nos dominou, de formas diferentes, mas dominou. Eu te acho um mistério e eu gosto de mistérios, mas não nos deixe cair no limbo do desinteresse.
Fico pensando que talvez o motivo de você me intrigar tanto seja eu mesma. É que eu não consigo te imaginar fazendo e sendo todas aquelas coisas bobas que a gente faz e é quando se está apaixonado. Não sei nem se eu seria capaz de te imaginar amando, mas sei que você pode. Dentro de ti tudo pode ser tão cinza como umas camisas que tenho guardadas no armário, mas sei que ele poderia forma cores como as do arco-íris. E não me venha com essa de desinteresses! Eu sei, o mundo é um saco e as pessoas são o que são, mas você pode se apaixonar, eu só não sei se você merece... Porque se a pessoa chega na parte da vida em que você chegou e ainda não aprendeu que pra amar nós temos que estar dispostos a fazer "papel de idiota", então ela não merece de fato amar. Você sofreu, eu sofri e bilhões de pessoas já sofreram também e/ou irão sofrer, mas a vida é isso, ela sempre irá tentar puxar nosso pé quando estivermos quase alcançando o topo da montanha e eu espero que seja para nos ensinar alguma coisa. Mas não pense que eu sou daquelas pessoas porre porque eu também acho boa parte das coisas uma droga. E cá estou eu divagando sobre o que eu nem tenho certeza.
Não, não pense que eu estou querendo que você se apaixone por mim, eu só queria saber como é o enlameado aí dentro. Eu seria feito aqueles cientistas loucos que estudam algo microscópicamente na esperança de encontrar a cura pro câncer. Acho que você desenvolveu algum tipo de câncer para com os seus sentimentos. E eu também.
Cara, eu sou mesmo trouxa, não é mesmo? É que de tantas coisas pra falar eu escolho falar logo da que você já sabe: eu não sei qual é a sua. Talvez você seja um semi-monstro, talvez você só seja alguém desacreditada, talvez você só esteja esperando algo ou alguém pra fazer tua vida mudar. Talvez... Eu, que sempre procurei ser tão exata, estou sempre perdida nos 'talvez'. Talvez você seja o meu talvez.
É, eu acho que eu sou uma última romântica que já não acredita mais nas coisas tanto assim mas que espero que algo ainda tenha salvação. Acho que sou uma cientista dos sentimentos. E eu ficaria feliz em encontrar a cura do câncer em você, mas por ora, fico feliz se entendeste minhas entrelinhas.

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