quinta-feira, 8 de maio de 2014

Sempre sobre você.

As quatro paredes brancas do meu quarto já não aguentam mais ouvir falar de você. E pra falar a verdade eu também não. Não, não, eu aguento sim. Aguento e muito! De você eu quero mais. Eu quero é sempre mais, mas até os bêbados do bares já cansaram de me ouvir. Falei de você pra conhecidos, falei de você pra estranhos, falei de você para o nada e você não sabe como foi difícil. É, pois foi. Acredite.
Pela primeira vez me doía feito um soco na boca do estômago só de tentar balbuciar qualquer coisa sobre o motivo da minha tristeza, do meu desalento, que é nada mais nada menos do que a falta de você. Ah, como era difícil e ainda é.
Logo eu que sempre fui tão cheia de palavras não queria ou não conseguia usá-las. Mas depois de um tempo, eu passava a falar se insistissem e logo viam que se arrependeriam de ter feito tal ato. Quanto mais eu falo, mais eu preciso dizer e no entanto, ainda me parece tão pouco. Me parece que falta tanta coisa a ser dita e ainda mais, me parece que falta tanta coisa a ser vivida... Então eu me calei. Tirei os sapatos, lavei as mãos e o rosto, tirei a roupa meio mal e passei a viver jogada em minha cama olhando pro teto branco. Passei a viver reclusa com minhas música e frases sem sentido que faziam todo o sentido para mim. E para você, a maioria delas eu tenho certeza.
Eu comecei a escrever achando que agora finalmente iria sair tudo o que eu estou há dias tentando realmente por pra fora, mas as lembranças, ainda pesam muito para serem escritas e eu não quero desgasta-las, afinal, elas serão tudo o que terei de você por um bom tempo.
Guardei as fotos, as palavras e todas as memórias que envolve o nós na caixinha mais bonita do espaço mais aconchegante do meu coração. As guardei no lugar que é só e tão teu. Todo o meu peito que tu levou consigo mesmo sem querer. Cuidado, ou qualquer dia desses ele explode em mil pedacinho de saudades suas por aí e é até bom, já que essa saudade dói tanto e me dilacera aos poucos. Que me mate logo de uma vez então.

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