domingo, 15 de junho de 2014

Madrugada.

É madrugada amor, e eu sinto a sua falta.
São quase dois meses e a falta que eu sinto de você é maior do que senti ontem e menor do que eu vou sentir amanhã, e nos dias depois de amanhã. Já faz algum tempo e eu não sei como estão as coisas por aí, por aqui, tudo mudou ainda que eu não saiba identificar como. Mas mudou. E eu ainda me pergunto sobre você. São tantas perguntas... Nenhuma resposta. É duro dar de cara na porta e só escutar o barulho ensurdecedor que o seu silêncio faz. Ah, pequena...
É madrugada e as lembranças são a única companhia verdadeira que eu tenho. Eu sei, vendo daí tudo deve parecer muito fácil, mas não é. Vendo daí, tudo deve parecer estar tudo bem. Mas não está. Eu tenho andado por aí sem rumo, bebendo mais e distribuindo sorrisos amarelos falsos para evitar as perguntas. E todos acreditam, aposto que até você. Acho que andei me tornando uma cópia falsificada de mim mesma. O mal - ou o bem - de saber atuar é que você acaba caindo na tua própria novela e os teus espectadores também. É que dói pequena, e é uma dor que nunca diminui. Espero que você entenda, ou pelo menos tente.
É madrugada amor, e você nunca deixou de ser meu amor, mas você foi embora e eu ainda posso ouvir o som da sua voz me prometendo que iria ficar. É uma dor que nunca passa...
Já é madrugada amor e eu to de ressaca, não acredite nas mentiras que lê nos jornais, nesse meu falso sorriso amarelo nem nas minhas coisas banais. É que você foi embora, e eu tenho que me virar né? Foi o jeito que arranjei de esperar você voltar. E eu espero que você volte.
Não se esqueça de mim meu grande amor da minha vida, que daqui, você segue sempre na minha memória, nas lembranças, no coração e no resto também, meu bem. Será que eu ainda sigo em ti como você segue em mim?

E antes que eu me esqueça: esqueça de ir embora de vez porque ainda é cedo, amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário