domingo, 1 de junho de 2014

Bendita busca.

Eu tenho medo. Medo de ligar e você não atender. Medo de ligar e você apenas responder. É medo da ligação em geral, talvez.

E enquanto esse medo de uma coisa tão simples me destrói por dentro, eu fico olhando pro nada, porque eu não tenho força pra pegar o telefone nem pra nada.
Eu fico imaginando onde você está, o que está fazendo e em que está pensando. Você pensou em mim hoje? Porque você não saiu da minha cabeça um segundo.
Eu fico procurando você em todos os rostos, em todos os cantos  - quem sabe eu me esbarro contigo por ai. Como eu queria isso.
Eu fico na esperança de te achar do nada. E acabo me pegando de socos com a minha própria mente que só consegue ver você.
Não existe outros rostos, nem outros lugares, nem outras coisas.
Existe apenas o seu olhar, a sua voz, o nosso lugar, as nossas coisas - nossas palavras. Fica tão difícil sem você.

Longe de você - sem você - eu só tenho certeza de uma coisa: eu respiro (mal - bem mal - sem motivo).

Porque é tão dificil assim?

Meu coraçao explode a cada batida. O "tum tum" esquece de existir e vira "você, eu" nas batidas do meu coração, na minha mente, em todo lugar.

Eu penso no efeito do teu sorriso, na paz do teu olhar. Fecho os olhos e escuto a tua voz, sinto você como se fosse minha -mesmo não sendo- eu queria você aqui.
Queria, quero, mas não posso. Que dorzinha insuportável ao me lembrar disso. Lembrar do não poder, não fazer, não ter, não dizer.
Agora, é, agora. To sentada, e continuo com os olhos fechados (ah, eu não quero abrir, eu to vendo seu sorriso, ele é tão lindo... poderia ser meu, e como eu queria que fosse...), com o celular na mão e o seu número discado. Eu só queria ouvir a sua voz. Ah, como eu amo a sua voz, que falta eu sinto dela.
Abri os olhos, pois não posso fecha-los pra sempre, ou posso? Devo poder.
Voltei pra realidade, to sozinha, sem ninguém ao meu lado (eu não deixo ninguém sentar), to guardando esse lugar só pra você, to esperando você chegar, você voltar, você aparecer, você me ligar.
Porque eu não te ligo? Porra, eu só quero saber se você ta bem.
Sou incapaz até nisso, de pegar o telefone - ta doendo. Mas quem liga? Você não. Nem eu.

É muita incapacidade, é muito não, é pouco eu, é muito você, sempre - dentro de mim.

E é assim, eu não te liguei. Mas fecha os olhos agora, to falando baixinho, no pé do seu ouvido: eu amo você menina.

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