domingo, 15 de setembro de 2013

O Alguém Que Não Aparece.

Ei, você, você mesmo! Você que acabou de chegar ou que quer chegar, chegou e quer entrar. Entra. Mas sem pedir licença, só entra, apenas entra. Entra e não tem medo. Entra e põe os pés na mesa, abre a geladeira e pede uma cerveja, me chama pra sentar do teu lado e me diz coisas loucas. Loucas e absurdas, porém sinceras. Diz que eu pareço um sonho, que tudo isso parece um sonho mas que você adora sonhar, ainda mas se for comigo. Abre o armário da cozinha e come o que tu quiseres. Pega outra cerveja. Me faz rir, me faz querer que tu nunca mais se vá, me faz sorrir e diz que meu sorriso é lindo mesmo que não seja. Me arranca um beijo, aquele beijo. Me tira o fôlego. Prende o meu ar. Me arrebate. Me leva pro arranha céu mais alto da cidade e fica olhando as estrelas comigo me contando os teus sonhos loucos. Me pergunta da minha vontade de revolucionar e diz que vai revolucionar junto comigo. Chega perto do precipício e me faz ficar com medo que você caia e ai me diz que se você cair, sabe que para lhe segurar tens a mim. Me leva pra uma tour pela redondeza e comete pequenas loucuras adolescentes comigo, me faça acreditar que eu posso tudo e que a terra do nunca existe. Me faz acreditar que seremos para sempre e me leva pra casa. Me abraça, abraça forte, não me deixa escapar. Sorri o teu sorriso mais bonito e vai embora, mas diz que vai voltar. Me liga, me procura, conversa conversas doidas, me elogia e deixa eu te elogiar. Só diga verdades e se tiver vontade de ir embora, vá. E vá logo, sem rodeios, mas espero que esse dia nunca chegue. Espero que você também espere pois antes disso tudo eu espero por ti, então apareça, do jeito que for, de qualquer forma, apenas apareça. Apareça pois já não aguento mais tanta solidão.

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